Bomba: Genro do prefeito de Tabatinga (presidente da Câmara Municipal) quer cassar o mandado da Vereadora Marcela Tenório

A operação Magüta da Polícia Federal que ocorreu em Tabatinga, no dia 11 de julho,  que investiga o prefeito da cidade Saul Bermeguy, secretariados e empresários, por  fraude a licitação, organização criminosa, desvio de recursos públicos, corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro, ganhou mais um capítulo. 

O presidente da Câmara Municipal de Tabatinga, o vereador Paulo Bardales (PROS), genro do prefeito da cidade, convocou uma seção extraordinária, nessta quinta-feira (22), para tomar uma medida junto com o conselho de ética para cassar o mandato da vereadora Marcela Tenório (CIDADANIA), que é citada na investigação. Vale lembrar que a vereadora, antes de exercer o cargo trabalhou no gabinente do prefeito.

A nota que foi encaminhada para vários grupos de aplicativo de mensagens, mostra que o vereador Paulo Bardales, inclui o Ministério Público para suspender do cargo e sem remuneração da vereadora, ato ilegal, já que Marcela Tenório, não recebeu nenhum mandado de segurança, e a lei  de nº 12.850/2013, artigo 2º, parágrafo 5º diz: " se houver indícios suficientes de que o funcionário público integra organização criminosa, poderá o juiz determinar seu afastamento cautelar do cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração, quando a medida se fizer necessária à investigação ou instauração processual".

Ela, que hoje é fiscal da gestão e trabalha para o povo tabatinguense, vem sentindo uma perseguição por parte do presidente da câmara, já que ele é genro do prefeito. Mostra com clareza uma intimidação. 

Entrei em contato com a vereadora, mas seu assessor disse, que ela não pode se pronunciar por ter seu nome citado na investigação, porém fica a disposição para depor caso seja chamada. 

A vereadora e mais quatros vereadores, querem uma apreciação de abertura da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Educação.

Os parlamentares afirmam que há fortes indícios de envolvimento no esquema criminoso do prefeito Saul Bemerguy (MDB), assim como de vários secretários e funcionários no desvio de verbas do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).